
Limitações e dores
Atualmente, Rosa está desempregada, mas trabalhou como doméstica e sempre avisava para os empregadores sobre suas condições. Ela relata que nunca foi demitida por conta disso, mas ressalta que, ao ver que não daria conta de um trabalho, ela mesma pedia para sair.
“Quando eu estou trabalhando, eu já falo: ‘Eu trabalho, mas eu não sou rápida’. Eu procuro fazer meu serviço direitinho, mas não tenho aquela rapidez que muita gente tem. Então, quem me contrata já sabe que eu tenho uma certa limitação”, pontuou.
Quanto às dores, Rosa descreve como “infernal”, um formigamento e chega a abalar os dentes. Maria Ribeiro, filha de Rosa, descreve as dores como agulhas e que causam muito cansaço.
“Se em dia eu limpo minha casa, no outro eu já fico muito dolorida. Se eu saio da minha rotina, como ir ao médico ou sair de casa, eu já fico fadigada. Tenho que seguir uma rotina e me programar psicologicamente para sair, causa em mim muita fadiga também”, relatou.
De mãe para filha
Maria contou que a mãe já ter o diagnóstico facilitou para que descobrisse a síndrome aos 28 anos, após sentir muito mal-estar e fazer uma bateria de exames. "Como minha mãe já tinha, fomos a uma reumatologista que deu o diagnóstico”, relembrou.
Maria é também mãe e tem três filhas, de 12 anos, de 8 e sua filha mais nova está com cinco meses. Ela contou que as dores atrapalham no cuidado de sua bebê por conta dos movimentos repetitivos e do peso de sua filha.
Ela disse que as dores diminuem quando está com uma alimentação equilibrada, sem refrigerantes ou pães. “No começo, tomei alguns remédios que são antidepressivos, porém eles deixam a pessoa sem ânimo e causam um ganho de peso grande”, relatou.
Maria afirma que atualmente não faz atividades físicas, mas desacelera e faz alongamentos quando está com muitas dores. “Não tem muito o que fazer, no momento tenho uma bebê que depende exclusivamente de mim”, explicou.
Entenda a fibromialgia
Rafael Navarrete detalha que a fibromialgia é uma doença multifatorial, com fatores ambientais, psicológicos e neurofisiológicos, além de uma predisposição genética.
“Quando o paciente tem fibromialgia, seus parentes de primeiro grau têm oito vezes mais chances de desenvolver fibromialgia”, afirmou.
Quanto à relação da síndrome com a situação psicológica do paciente, o especialista contou que o estresse é um gatilho que pode causar e potencializar as dores de quem tem fibromialgia. Em relação ao tratamento, ele esclarece que os medicamentos atuam para reduzir as dores, mas que o tratamento mai.
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