Mulher morta em atacadista pelo ex que depois cometeu suicidio celebrou aniversário do filho um dia antes do crime
Marcos Aurélio publicou uma foto que foi compartilhada pela mãe
Um story publicado por um dos filhos de Silvia Barros Marinho, Marcos Aurélio Corelio, mostra a família comemorando o aniversário dele ao lado da mãe em um jantar na noite de quarta-feira (23). A mulher de 61 anos foi morta a tiros nesta manhã de quinta-feira (24) em um atacadista em Goiânia.
Segundo informações iniciais, a vítima e o atirador, Valdinez Borges de Oliveira, 62, viveram juntos por 36 anos e estavam separados há 4 meses. Depois do feminicídio, o homem tirou a própria vida. Pelo que foi apurado, o homem chegou armado com uma pistola ao atacadista, que fica na Avenida Perimetral Norte, no Setor Empresarial, pouco antes das 9h da manhã. Sem dizer nada, ele disparou três vezes contra a ex-companheira, que, atingida com dois tiros, caiu já sem vida.
No momento em que foi baleada, Sílvia Barros conversava com uma funcionária do hipermercado, que, por sorte, não se feriu. Após disparar contra a ex-companheira, o idoso tirou a vida com a mesma arma. Os corpos do casal permaneceram durante toda a manhã no local e só foram retirados após a realização da perícia, no início da tarde.
Ao ouvir parentes e conhecidos, o delegado Carlos Alfama, adjunto da
Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), descobriu que o casal viveu juntos por quase 40 anos, teve dois filhos, já adultos, mas decidiu se separar no início deste ano.
“O que apuramos foi que o autor do feminicídio não se conformava com a separação, e teria dito que não aceitaria ficar longe da companheira. Não existe, porém, nenhum relato de que a vítima tenha sido agredida ou ameaçada anteriormente, e nem de que teria feito alguma denúncia ou solicitado uma medida protetiva”, descreveu.
Pistola não pertencia ao autor do feminicídio
Ainda segundo o delegado, a pistola usada no feminicídio não pertencia a Valdinez Borges. “Nós já descobrimos quem é o dono da arma e agora vamos intimá-lo para saber se ele emprestou ou se o autor pegou, sem que ele soubesse”, concluiu.
Apesar de a DIH ter iniciado as investigações, o caso será apurado pela Delegacia Estadual de Atendimento à Mulher (Deam). Bastante abalados, um dos filhos do casal e outros parentes acompanharam o trabalho da polícia e da perícia do lado de fora do hipermercado, que já anunciou que ficará fechado nesta quinta-feira.