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Quinta-Feira, 19 de Dezembro de 2024
POR: Equipe Valle
Agropecuarista é preso em Porangatu por suspeita de dar golpe de quase R$ 1,6 milhão na compra de bois de fazendeiro
Polícia

Segundo a Polícia Civil, Thiago da Matta passou cheque sem fundo após entrega do gado. Além da fraude, agropecuarista é investigado por suspeita de aplicar golpes na compra e venda de imóveis.

 

O agropecuarista Thiago da Matta Fagundes, de 40 anos, foi preso preventivamente suspeito de aplicar um golpe de quase R$ 1,6 milhão na compra de bois de um fazendeiro, em Poragatu, no norte do estado. Segundo a Polícia Civil, Thiago passou um cheque sem fundo após a entrega do gado e uma nota promissória que também não foi cumprida.

 

A prisão ocorreu na quarta-feira (18). O g1 não conseguiu contato com a defesa do agropecuarista até a última atualização desta reportagem.

 

A investigação aponta que o fazendeiro fez inúmeras tentativas de cobrança dos valores, mas sem sucesso. Após receber informações sobre outros golpes aplicados por Thiago, se deu conta que foi vítima de uma fraude, segundo a Polícia Civil.

Thiago da Matta, preso suspeito de fraude na compra de gado, em Porangatu, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Thiago da Matta, preso suspeito de fraude na compra de gado, em Porangatu, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

 

Além da fraude contra o fazendeiro, Thiago é investigado por suspeita de aplicar golpes na compra e venda de imóveis no estado. Ao todo, de acordo com a investigação, o prejuízo deixado pelo agropecuarista é estimado em R$ 100 milhões.

 

A polícia cumpriu oito mandados de busca e apreensão contra Thiago e os suspeitos de participarem de sua associação criminosa em outubro deste ano. A investigação teve início após a principal vítima procurar uma delegacia para denunciar a compra de uma fazenda, em Porangatu, que foi vendida pelo suspeito.

 

Na ocasião, Thiago pediu valores adiantados para quitar dívidas da fazenda, que serviria como garantia, mas não honrou o compromisso e a vítima não recebeu o imóvel. Além de não quitar as dívidas, o suspeito fez empréstimos de valores milionários e colocou a fazenda já vendida como garantia no banco.

 

O esquema criminoso impediu a vítima de registrar a escritura da imóvel. A polícia informou ainda que Thiago colocou pessoas armadas para impedir o acesso da vítima à fazenda.

 

Documentos, dispositivos eletrônicos, registros bancários e uma arma sem registro foram apreendidos durante os cumprimentos dos mandados. Ao todo, o agropecuarista fez cinco vítimas com a venda dos imóveis, aponta a investigação.

 

Em razão do grande interesse público, o nome e a imagem do suspeito foram divulgados conforme despacho do delegado responsável pelo inquérito a fim de localizar outras vítimas dos esquemas fraudulentos.