Uma das premissas básicas da administração de cidades, Estados e países diz que patrimônio público é público. Simples assim. Pertence ao povo e, portanto, deve ser usufruído por ele no sentido mais essencial do que regem os direitos dos cidadãos. Porém, isso não quer dizer que bens imóveis, equipamentos, veículos ou quaisquer outros patrimônios que sejam administrados pelo poder público possam ser manipulados como se fossem propriedades particulares do gestor. Fazer isso é, no mínimo, agir de forma irregular e, com certeza, se configura como um ato de improbidade administrativa.

E é exatamente disso que o prefeito de Rialma, Janduhy Diniz Vieira Filho do PSDB, está sendo acusado. Segundo o vereador Paulinelly Geraldo Carneiro (PSB), da oposição, ele teria doado um lote que faz parte do Cemitério Municipal na Avenida Benedito Luiz Dias no Setor Progresso, dispondo do bem público, avaliado em cerca de R$ 50 mil, como se fosse patrimônio particular. Detalhe: O cemitério já está lotado, sem infra-estrutura e não tem mais para onde se expandir além de não possuir iluminação pública.

De acordo com o pastor da Igreja Casa da Benção, Wellington Machado de 36 anos, os moradores do setor já estão se organizando para fazer um abaixo-assinado e levar ao conhecimento do Ministério Público.

O vereador Paulinelly alega que a doação não passou por votação na Câmara de Vereadores e que a doação pode ter sido feita através de decreto.

Disse ainda que no terreno doado será construído uma lanchonete e por ser ao lado do cemitério o solo pode estar contaminado podendo colocar em risco a saúde da população.

O morador de Rialma, Israel Matosinho da Silva de 30 anos, considera um desrespeito já que a área doada para a construção da lanchonete poderia ser usada para ampliar o cemitério que está com limite esgotado e sem espaço para novos sepultamentos.