Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Logo
Logo
Terça-Feira, 19 de Setembro de 2017
POR: Equipe Valle
Presos 12 suspeitos de integrar grupo que falsificava documentos de veículos em GO
Policia

Uma operação da Polícia Civil prendeu 12 suspeitos de integrar um grupo que falsificava documentos para dar uma aparência de legalidade a veículos irregulares, em Goiás. Denominada "Fictus", a operação também apreendeu R$ 86 mil em espécie e vários cheques na casa de um dos detidos, no Setor Jaó.

 

A corporação apura se servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) têm participação no esquema.

 

O grupo, formado por empresários e despachantes, também é investigado por agiotagem. Além dos mandados de prisão, outras três pessoas foram conduzidas coercitivamente (quando ela é obrigada a depor). Outros 19 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Fora a quantia em dinheiro, também foram recolhidos documentos falsos, uma arma e computadores.

 

"Eles agiam falsificando documentos para dar aparência de legal a veículos adulterados ou financiados, com medidas administrativas impostas pelo Detran, inclusive havia especialista em apagar o DUT [Documento Único de Transferência] para fazer a transferência com maior facilidade", disse o delegado responsável pelo caso, João Victor Costa.

 

Os suspeitos foram detidos em Goiânia, Abadia de Goiás, Palmeiras de Goiás, Goianira, Barro Alto e Itumbiara.

 

R$ 2,5 mil por serviço


A investigação começou há cerca de um ano, após a prisão de outras pessoas que denunciaram o esquema. Segundo o delegado, cada alteração de documento podia custar até R$ 2,5 mil. Ele explicou que ainda não foi possível mensurar a quantidade de veículos alterados nem quanto os envolvidos lucraram com o esquema e a agiotagem.


"Eles atuam de forma sistemática e um colabora com o outro. Grande parte dos investigados são suspeitos de agiotagem, o que com certeza dava mais rentabilidade ao grupo", explicou.
As investigações continuam com o objetivo de identificar os servidores públicos suspeitos de participar do esquema.


"Muitos dos investigados eram solicitados por clientes para tirar a restrição de sinistro do veículo. Os suspeitos afirmavam que conheciam pessoas de dentro do Detran que cobram uma certa quantia para proceder a atividade", afirmou Costa.