
O Dr. Gênesis William Ferreira, bacharel em Direito, especialista em Ciências Criminais, advogado associado ao escritório Alves & Ferreira e atuante há vários anos no norte goiano, recorreu da decisão de pronúncia que quer mandar à júri popular, Pedro Lourenço, que está sendo acusado por um crime que não cometeu.
A decisão foi publicada no último dia 12/05 do corrente ano na comarca de Ceres - Goiás. Segundo o defensor, inúmeras decisões são tomadas precocemente sem que haja a devida investigação dos fatos, uma vez que, em muitos casos, não existem provas concretas de que o suposto réu seja o autor do crime descrito pela acusação.
O advogado complementa que “Não podemos aceitar nenhuma decisão que venha declinar a responsabilidade para o conselho de sentença (júri popular) "lavando as mãos" como Pilatos fez com Jesus Cristo, deixando-o à mercê da decisão do povo e por conseguinte desprover o acusado do direito de ter o processo melhor apurado.
“A sociedade tem o direito à resposta de qualquer indivíduo que tenha cometido um crime, porém proporcionar-lhe tal resposta sem que se agregue ao processo o máximo de provas possível, é inaceitável e injusto.
O advogado de defesa lembra-se dos inúmeros equívocos judiciários que já ocorreram em virtude da má investigação e da falta de provas contundentes citando casos como: os Irmãos Naves levados a júri popular sem a materialidade dos fatos comprovada.
Marcos Mariano da Silva que foi detido sob a acusação de um homicídio cometido por outro indivíduo de mesmo nome e; o mais recente caso em Abaetetuba - PA no qual uma jovem de 15 anos foi presa e encarcerada em uma cela com 20 homens e lá estuprada por mais de um mês. “Casos como estes não poderiam repetir-se jamais, por isso, prezando pelo exercício da justiça, a defesa posiciona-se contra a arbitrariedade dos julgamentos feitos pelo poder público”, encerrou o advogado.