Desempregado há cerca de um ano, Jesiel Alves da Silva, de 32 anos, pede ajuda para conseguir um novo trabalho, pois depende de doações para sustentar os quatro filhos e a esposa, em Goiânia.  Segundo ele, há cerca de 9 meses a família fica “acampada” durante horas em uma rua do Setor Bueno para pedir ajuda das pessoas.

O pai conta que, desde que perdeu o último emprego, como caseiro, não tem conseguido uma nova colocação. Ele relata que pede ajuda das pessoas no semáforo e, às vezes, ganha ou consegue comprar alguns produtos para vender, como balas, amendoins e itens para carro.

“Não está sendo fácil. A gente sente muita vergonha de ficar pedindo aqui, mas não estou arrumando nenhum trabalho. Eu pergunto para as pessoas se conhecem alguém que precise de caseiro, pedreiro, servente, mas não estou achando. Seria muito bom arrumar um emprego para poder pagar as contas e sair aqui do semáforo”, disse.

Silva conta que mora de aluguel com a esposa e os filhos, que têm entre 2 e 13 anos, em uma casa em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Ele relata que não sabe quanto consegue por mês, pois varia muito, mas avalia que nem sempre é suficiente.

“Tem dia que só conseguimos R$ 20, em um dia muito bom R$ 80. Felizmente, algumas pessoas passam aqui e doam comida, às vezes amendoim que posso vender no sinal”, afirmou.

A dona de casa Paula Regina dos Santos, de 33 anos, relata que não procura emprego porque precisa cuidar das crianças. Ainda assim, torce para que o esposo arrume um trabalho para poder dar uma vida melhor aos filhos. “Qualquer ajuda é bem-vinda”, afirmou.

Além da falta de emprego, a família ainda teve a casa assaltada há dois anos e perdeu todos os móveis. Eles contam que conseguiram doações de boa parte do que precisam, mas ainda faltam camas, sofá e armários na casa.