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Domingo, 24 de Julho de 2016
POR: Equipe Valle
Lago Serra da Mesa tem um dos volumes mais baixos em 10 anos
Sem Categoria

O Lago de Serra da Mesa, no norte de Goiás, registrou um dos níveis mais baixos dos últimos dez anos, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que coordena a geração de transmissão de energia. O volume do reservatório, registrado na última sexta-feira (22), conforme boletim do órgão é de 17,63%.

 

Também conforme dados da ONS, outros meses com baixo nível de água no local foram novembro de 2015, quando o volume registrado no Lago foi de 15%, e em dezembro do mesmo ano, quando a porcentagem caiu para 12%.

 

Donos de pousadas, restaurantes e pescadores relatam que a baixa no nível da água causa prejuízos para o desenvolvimento da região. A comerciante Layane Almeida, dona de um restaurante próximo ao Lago relata que o movimento está diminuindo com o tempo. “O turista daqui sumiu. Estamos com uma queda de 80% no turismo, e uma queda de faturamento do restaurante de 70%”, comentou.

 

A gerente de uma pousada da região, Ivonete Silva, também reclama que está com os quartos vazios nesta época do ano, o que não acontecia. “Nós fizemos um investimento muito alto e estamos passando por dificuldades aqui. Isso deixa a gente um pouco triste”, lamentou.

 

Uma loja de artigos de pesca do local também relata que o número de clientes caiu quase pela metade se comparada ao mesmo período de 2015. “Eu me preparei, mas não foi o resultado que a gente esperava”, relatou o comerciante Iron Júnior.

 

Os pescadores da região também reclamam que o baixo volume de água tem prejudicado a atividade na região. Um dos trabalhadores contou que não tem outra fonte de renda além da venda do pescado, por isso têm sentido o prejuízo.

 

O presidente as Associação Goiana de Psicultura (AGP), Paulo Silveira, relata que o consumo de energia impacta no volume de água do lago. “A gente têm que entender melhor todo esse sistema de energia elétrica para chegar em um ponto que seja comum para poder manter esse nível alto”, afirmou.

 

G1 tenta contato com a ONS, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.