A Operação Bia, realizada pelas polícias Civil e Militar, prendeu 11 homens nesta sexta-feira (22), em Goiânia, todos indiciados por estupro de mulheres e crianças. A delegada Ana Elisa Gomes Martins, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), afirmou que a ação continua por cerca de duas semanas, como forma de lembar os 10 anos da Lei Maria da Penha, e deve cumprir mandados de prisão em todo o estado de Goiás.

 

“Demos esse nome à operação porque Bia é uma figura da mitologia grega que tem um caráter forte e explosivo representando o poder da Justiça contra os que violam garantias individuais. O foco é coibir crimes de violência contra a mulher, seja ela adulta ou menor. A operação foi lançada hoje em todo o estado e deve perdurar até o dia 7 de agosto, quando a Lei Maria da Penha completa dez anos.

 

Conforme Ana Elisa, muitos casos envolvem violência sexual contra mulheres e crianças dentro da mesma família.

 

“São todos agressores sexuais. Infelizmente, as estatísticas apontam que crimes sexuais são muito praticados por autores conhecidos das vitimas, como pais, padrastos e outros parentes próximos. Dos presos, nenhum deles ainda convivia com as vítimas, todos já haviam sido afastados e moravam em outros endereços na capital. Também não encontramos nenhuma evidência de que eles cometeram novos abusos”, esclareceu.

 

Entre os policiais militares que participaram da opção estavam membros da Patrulha Maria da Penha, como a tenente Dayse Pereira Vaz Rezende. Ela explicou que essa divisão da PM surgiu em março de 2015 e atua para garantir que as vítimas de violência domésticas estejam a salvo dos agressores.

 

“O intuito é dar efetividade à legislação Maria da Penha, ou seja, nós fazemos o acompanhamento das medidas protetivas de urgência para ver se o agressor está ou não cumprindo essa medida. Durante a Operação Bia atuamos para ajudar a capturar esses foragidos. Não houve nenhuma reação ou tentativa de fuga por parte dos presos”, relatou.