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Quinta-Feira, 25 de Setembro de 2014
POR: Equipe Valle
MP denuncia ex-prefeitos e servidores por desvio de dinheiro público
Sem Categoria

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra 29 pessoas de São Domingos, região nordeste de Goiás, por formação de quadrilha e desvio de dinheiro público. O grupo, composto por servidores públicos municipais e alguns de seus familiares, abastecia carros particulares utilizando dinheiro público. Entre os envolvidos estão ex-prefeitos e diversos secretários da prefeitura.

 

O G1 tentou em contato com a Prefeitura de São Domingos, mas ninguém foi localizado para comentar a denúncia até a publicação dessa reportagem.

 

De acordo com o promotor de Justiça Douglas Chegury, o MP tomou conhecimento do esquema em 2012, após denúncias de uma vereadora da cidade. Funcionários do posto de combustíveis responsável por abastecer a frota de veículos oficiais da prefeitura, disseram ao órgão que os denunciados abasteciam os carros particulares e mandavam debitar o valor na conta da prefeitura. Ainda segundo os frentistas, toda essa movimentação era feita com a aprovação de diversos secretários da administração pública.

 

Para se proteger de qualquer futura irregularidade ou fiscalização, o gerente do posto de combustíveis determinou que em todo cupom fiscal fosse anotado a placa do carro abastecido e que o motorista assinasse o recibo. Ao descobrir a irregularidade, o MP apreendeu os cerca de 400 comprovantes de pagamento e comprovou que as placas que constavam em muitos deles eram de veículos particulares.

 

Na denúncia, o MP também pede que sejam apreendidos os carros dos envolvidos ou bens de igual valor, a fim de reparar o dano causado ao município. Não foi divulgado qual o valor do prejuízo aos cofres públicos com o esquema.

 

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que ainda não recebeu a denúncia. Ainda segundo o órgão, não existe um prazo determinado para que o documento seja analisado. Os envolvidos foram denunciados por formação de quadrilha e peculato. Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 20 anos de prisão.

 

G1